Gato não é presente!
Em época de festas, como natal ou mesmo em aniversários e outras datas comemorativas, não é difícil vermos pessoas com a ideia de dar um animalzinho como presente - especialmente para as crianças. No entanto, é preciso pensar nas implicações de se ter um bichinho de estimação, e na responsabilidade incumbida à pessoa que está recebendo.
Segundo a WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), a época de maior abandono de animais de estimação no mundo todo é neste período pós festas, onde muitas pessoas consideram dar animais como presente. Além de gerar um possível problema para a pessoa que está recebendo - que pode não estar preparada para ter um bichinho em casa -, tratar o animal como um objeto presenteável pode gerar um problema muito maior de abandono, aumentando o número de animais nas ruas. Pressionados pelas crianças, muitos pais adquirem filhotes para dar de presente, com a intenção de ensinar os filhos a ter mais responsabilidades, afinal, o compromisso é sempre de que a criança vai cuidar do bichinho. A rotina do dia a dia, entretanto, pode ser diferente. Nem sempre a criança desempenha bem as tarefas, o filhote cresce, rói e arranha móveis e roupas, suja o tapete da sala e faz barulho a noite. Muitas pessoas não estão preparadas para lidar com a responsabilidade de ter um animal de estimação, e só descobrem isso depois de já terem um - e aí dão um jeito de "livrar-se" dele. Os motivos para o abandono são vários: viagem de férias e ninguém para abrigar o animal; trabalho e gastos gerados pelo animal; uma eventual deficiência ou doença; problema de comportamento; falta de tempo, entre outros. Muitas pessoas tentam "passar adiante", doar para algum parente, ou tentar deixar com alguma ONG ou projeto social - que geralmente já estão lotados por resgatarem animais de rua, em situações muito mais complicadas e de risco. O abandono é uma situação muito real. É um crime ambiental federal e principalmente, um crime contra a vida do animal.
Ter um animal de estimação exige comprometimento e responsabilidade. Muitas pessoas não levam isso em conta e adotam por impulso, percebendo, posteriormente, que não estavam preparadas para tal responsabilidade. Imagina, então, receber um animalzinho que não se estava esperando, um "presente" - é muito provável que a pessoa não esteja ciente da responsabilidade que está recebendo junto com esse presente.
Antes de se ter um bichinho de estimação, há de se conhecer suas necessidades, suas exigências e avaliar se realmente a família está apta a cuidar de um animal. Só depois de refletir com toda a família, analisando todos os aspectos da vida em comum, ir à busca do animal. Cuidar de um animal deve ser decisão da pessoa ou da família (no caso de uma criança), porque implica em responsabilidades prolongadas, além de muitos gastos financeiros. Além disso, a aquisição de um animalzinho não deve ser motivada por data comemorativa ou para desenvolver responsabilidade em crianças, mas sim pela decisão única e consciente de salvar uma vida e integrar um novo membro à família.
Ao invés de presentear com um bichinho de estimação, que tal levar a criança para conhecer um projeto social que ajuda animaizinhos de rua? Mostrar de perto os cuidados que os gatinhos e cachorrinhos precisam. Que tal presentear um projeto social com sua ajuda? Assim você estará ajudando de verdade os bichinhos que precisam de um lar e aguardam por adoção consciente e responsável. Vida não é brinquedo, animal não é presente!
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